Necessidade de uma parteira na comunidade
Meu nome é KETILA. Tenho 20 anos e moro em Likasi. É uma cidade mineira onde a população não se beneficia muito de sua riqueza. Depois que meu pai morreu, sua família nos levou para uma aldeia. Quando minha irmã tinha 16 anos, ela se casou com um fazendeiro.
Durante seu primeiro parto realizado em casa e conduzido pela vizinha, seu bebê nasceu morto e ela também morreu de hemorragia algumas horas depois. Um dia, durante uma sessão de sensibilização por educadores do Instituto Superior de Técnicas Médicas (ISTM) em um curso comunitário para moças em idade fértil...
Logo percebi que essas mortes são consequências de maternidade precoce. E que essas mães que estão realizando os partos são limitadas e inexperientes para lidar com complicações. Precisamos sem dúvida nenhuma de uma parteira na comunidade. Decidi ser parteira.
Matriculei-me no ISTM Saint Joseph em Likasi, que especializa em formação de parteiras. Durante meu treinamento, aprendi o papel de parteira.
Com supervisores, demonstrei técnicas com os equipamentos e em manequins recebidos da ONG MEMSAADA. Antes de cada treinamento, viajava para Lubumbashi, a 120 km de distância, para praticar com manequins de alta fidelidade na clínica de simulação. Fui enviada para a maternidade do hospital DACO para um estágio. E o equipamento dos departamentos, complementado pelo equipamento da MEMSAADA, facilitou a minha prática.
Hoje estou feliz por ser uma parteira competente na comunidade, capaz de acompanhar mães e filhos antes, durante e depois do parto.
Tradução: Michael Mc Laughlin
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