Não Devemos Mais Ficar Caladas
De acordo com as Nações Unidas, uma em cada três mulheres sofreu violência física e/ou sexual; em todo o mundo, as mulheres ganham apenas 77 centavos para cada dólar ganho por homens fazendo o mesmo trabalho; dois terços dos países do mundo em desenvolvimento alcançaram a paridade de gênero na educação primária.
A violência contra a mulher é uma violência histórica, sistemática e estrutural que se manifesta por meio de diferentes comportamentos e atinge todos os aspectos da vida das mulheres que são vítimas dela. Estas são algumas de suas histórias
"Quando eu tinha 16 anos, enquanto eu dormia, meu primo me acariciou."
- "Minha primeira relação sexual não foi consensual. Foi estupro."
- "Quando eu tinha 17 anos, meu namorado me bateu por não querer fazer sexo com ele."
- "Quando eu tinha 14 anos um homem me correu atrás de mim por cinco quarteirões. Ele me disse que estava me perseguindo porque eu estava de saia."
- "Um colega de faculdade me enviou fotos de conteúdo sexual sem eu pedir."
- "Quando eu tinha vinte anos, um homem que eu não conhecia esperava por mim todos os dias quando eu saía do trabalho."
- "Meu marido nunca me deixou estudar porque, segundo ele, eu deveria me dedicar ao lar."
- "Quando eu era criança, encontrei meu pai chutando minha mãe no chão, dias depois que ela disse a ele que queria trabalhar. Eu o enfrentei, embora eu tivesse apenas dez anos. Quando nos escondemos no meu quarto, ele entrou, jogou álcool em nós e ameaçou nos queimar vivos. "
Na Colômbia, foram registrados 37 feminicídios nos primeiros dois meses de 2021. Falamos por aqueles que não existem mais e não as esquecemos. Falamos por nós apesar do medo de sermos nós que não voltamos.
O reconhecimento das vidas e da dignidade das mulheres que foram vítimas nos leva a reconhecer a importância de erradicar todas as formas de discriminação e violência baseadas em gênero.
Tradução: Michael Mc Laughlin
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