Oi, sou estudante da Efasc, no estado do RS. Moro numa comunidade extremamente caracterizada pela imigração alemã e italiana.

Meus bisavós contam que por volta do ano de 1870 nos estados da Boêmia-Áustria estavam acontecendo crises como a falta de emprego pois máquinas começaram a ganhar vez e inúmeras guerras surgiam no local, e este seria o motivo, que os imigrantes teriam vindo parar aqui.

Aqui instalados, também encontraram dificuldades com os indígenas, que não devem ser esquecidos. A cultura alemã, na minha comunidade é muito forte, com suas danças e músicas, para relembrar nossas origens. Porém, sendo esta cultura ainda muito forte, não percebe que por diversas vezes exclui as outras culturas e etnias o que acho errado, pois devemos estar abertos a conhecer novas realidades. Outro problema muito sério da comunidade, é a cultura do tabaco, matéria prima utilizada para fabricação de cigarros.

Uma vez vinculado a cadeia produtiva do tabaco, é muito difícil sair dela. E assim, os agricultores exercem a monocultura, entram numa metodologia de agricultura que visa apenas a produção. E muitos se esquecem de produzir seus próprios alimentos.

Através de novas oportunidades que estamos tendo como uma educação vinculada a nossa realidade, e ações de ater na comunidade, vemos mudanças acontecendo, como encontros de mulheres rurais, propriedades iniciando o sistema orgânico de produção, e jovens querendo a permanência no campo, para produzir alimentos, que é o meu caso.

Vemos que os agricultores reconhecem a importância de produzirem seus próprios alimentos, e isto já é um passo fundamental para as mudanças que queremos para o mundo.