Além do milho e do feijão
Eu sou da Guatemala, um país muito rico, considerado como o centro da origem de muitas espécies como: milho, feijão, cacau, entre outras.
Tenho orgulho de pertencer à cidade Maia Q´eqchi´, uma das várias localizada no norte da Guatemala, herdeira do conhecimento ancestral dos antigos Maias, que viviam com uma natureza exuberante, espelhando assim sua agricultura ,a interpretação da lua como previsão de chuva e planejar o tempo do plantio, por exemplo meu avô me ensinou que o plantio do milho deve ser feito durante a lua cheia para evitar o apodrecimento.
Atualmente, estamos enfrentando uma ameaça latente que é perder a biodiversidade que ainda temos, porque as políticas do governo pretendem saquear a riqueza biológica e privatizar a vida e, assim, tornar-se mais dependentes das corporações transnacionais, causando um êxodo rural para as áreas urbanas.
O sistema milpa; milho, feijão, ervas, cogumelos e pimentões, é uma das muitas práticas antigas que nós promovemos e trabalhamos, envolvendo homens e mulheres em um ciclo de produção natural, onde o milho coexiste com várias espécies que são utilizadas à medida que crescem. Este sistema é uma tradição que vem da coexistência humana e para mim isso é inestimável. É também uma forma de resistir à devastação da pobreza global que foi gerada em áreas indígenas.
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Traduzido ao Português no âmbito da iniciativa PerMondo (traduções gratuitas das páginas web e documentos para associações sem fins lucrativos). Projeto dirigido por Mondo Agit. Tradutor: Leticia Alves Moreira. Revisor: Alessandra Ferreira de Campos.
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